domingo, 28 de junho de 2015

Aula sobre cidade: Lista do dia 19/06

01. (ENEM – 2009) Populações inteiras, nas cidades e na zona rural, dispõem da parafernália digital global como fonte de educação e de formação cultural. Essa simultaneidade de cultura e informação eletrônica com as formas tradicionais e orais é um desafio que necessita ser discutido. A exposição, via mídia eletrônica, com estilos e valores culturais de outras sociedades, pode inspirar apreço, mas também distorções e ressentimentos. Tanto quanto há necessidade de uma cultura tradicional de posse da educação letrada, também é necessário criar estratégias  de alfabetização eletrônica, que passam a ser o grande canal de informação das culturas segmentadas no interior dos grandes centros urbanos e das zonas rurais. Um novo modelo de educação.
BRIGAGÃO, C. E.; RODRIGUES, G. A globalização a olho nu: o mundo conectado. São Paulo: Moderna, 1998 (adaptado).
Com base no texto e considerando os impactos culturais da difusão das tecnologias de informação no marco da globalização, depreende-se que 


a) a ampla difusão das tecnologias de informação nos centros urbanos e no meio rural suscita o contato entre diferentes culturas e, ao mesmo tempo, traz a necessidade de reformular as concepções tradicionais de educação.
b) a apropriação, por parte de um grupo social, de valores e ideias de outras culturas para benefício próprio é fonte de conflitos e ressentimentos.
c) as mudanças sociais e culturais que acompanham o processo de globalização, ao mesmo tempo em que refletem a preponderância da cultura urbana, tornam obsoletas as formas de educação tradicionais próprias do meio rural.
d) as populações nos grandes centros urbanos e no meio rural recorrem aos instrumentos e tecnologias de informação basicamente como meio de comunicação mútua, e não os veem como fontes de educação e cultura.
e)a intensificação do fluxo de comunicação por meios eletrônicos, característica do processo de globalização, está dissociada do desenvolvimento social e cultural que ocorre no meio rural.



02. (ENEM – 2009) Além dos inúmeros eletrodomésticos e bens eletrônicos, o automóvel produzido pela indústria fordista promoveu, a partir dos anos 50, mudanças significativas no modo de vida dos consumidores e também na habitação e nas cidades. Com a massificação do consumo dos bens modernos, dos eletroeletrônicos e também do automóvel, mudaram radicalmente o modo de vida, os valores, a cultura e o conjunto do ambiente construído. Da ocupação do solo urbano até o interior da moradia, a transformação foi profunda.
MARICATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metrópoles brasileiras. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em: 12 ago. 2009 (adaptado).
Uma das consequências das inovações tecnológicas das últimas décadas, que determinaram diferentes formas de
uso e ocupação do espaço geográfico, é a instituição das chamadas cidades globais, que se caracterizam por

a) possuírem o mesmo nível de influência no cenário mundial.
b) fortalecerem os laços de cidadania e solidariedade entre os membros das diversas comunidades.
c) constituírem um passo importante para a diminuição das desigualdades sociais causadas pela polarização social e pela segregação urbana. 
d) terem sido diretamente impactadas pelo processo de internacionalização da economia, desencadeado a partir do final dos anos 1970.
e) terem sua origem diretamente relacionadas ao processo de colonização ocidental do século XIX.



03. (ENEM – 2007) Não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. Há muito mais, contido nas tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e manifestações transmitidos oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao longo do tempo. A essa porção intangível da herança cultural dos povos dá-se o nome de patrimônio cultural imaterial.
Internet: <www.unesco.org.br>.
Qual das figuras abaixo retrata patrimônio imaterial da cultura de um povo?


a)


b)


c)
d)
e)

04. (IFG) Observe a figura do Projeto do Plano Piloto de Brasília e assinale a alternativa correta sobre o processo histórico de transferência da capital brasileira em diferentes momentos.
COSTA, L. Projeto do Plano Piloto de Brasília. 1957. Disponível em: <http://www.arquitetonico.ufsc.br/unidade-de-vizinhanca > Acesso em: 28 out. 2013.

a) No século XX, o país teve a sua capital transferida por duas vezes: no primeiro momento, de Salvador para o Rio de Janeiro e, no segundo, para Brasília. Nas duas ocasiões, isso ocorreu como resultado de movimentos emancipacionistas de ruptura política.
b) A transferência da capital brasileira, de Salvador para o Rio de Janeiro, resultou, principalmente, do processo de independência política em 1822, como conotação de elemento subversivo da ordem colonial.
c) A transferência da capital para Brasília traduziu a plataforma política do nacionalismo desenvolvimentista de Juscelino Kubitscheck e concretizou as estratégias das elites políticas e econômicas brasileiras em distanciar a administração federal das grandes aglomerações urbanas do sudeste e, portanto, das pressões políticas dos diversos setores sociais.
d) A ocupação histórica humana e econômica do Plano Piloto de Brasília permitiu a redução das disparidades socioeconômicas existentes entre as diferentes regiões brasileiras e também daquelas no interior da própria capital federal.

e) O contexto histórico de transferência da capital federal para Brasília foi marcado pela repressão política da Era Vargas e representou a afirmação das ideias do nacionalismo fascista do Estado Novo.

05. (UFF) Reconhecido há tempos, dentro e fora do Brasil, como manifestação artística legítima e pública, o grafite vem sendo visto também como um elemento relevante do espaço urbano, pois nele realiza sucessivas intervenções.
Jornal do Brasil, 26/02/2010.
Com base nessa ideia e no foco da matéria jornalística, é correto afirmar que atualmente o grafite
a) estimula e aprofunda o desemprego entre a população jovem urbana.
b) potencializa e provoca a revolta de grupos sociais oprimidos.
c) renova e estetiza diversos trechos da paisagem urbana.
d) fortalece e antecipa o aspecto marginal das pichações.
e) abandona e contesta valores estéticos externos à cultura nacional.Com base nessa ideia e no foco da matéria jornalística, é correto afirmar que atualmente o grafite

06. (UFAM) Na grande cidade, há cidadãos de diversas ordens ou classes, desde o que, farto de recursos, pode utilizar a metrópole toda, até o que, por falta de meios, somente utiliza parcialmente, como se fosse uma pequena cidade, uma cidade local. Dessa forma, a rede urbana e o sistema de cidades também têm significados diversos, segundo a posição financeira do indivíduo. Há, num extremo, os que podem utilizar todos os recursos ali presentes. Em outro, há os pobres de recursos, que são prisioneiros do lugar, isto é, dos preços, da carência local. Para estes a rede urbana é uma realidade pertencente a um sonho insatisfeito. Por isso são cidadãos diminuídos incompletos.
Adaptação extraída de SANTOS, Milton. Espaço do cidadão (1987).

No estudo das cidades, qual das alternativas a seguir melhor espelha os aspectos mencionados no Texto.
 a) As regiões sul e sudeste receberam esmagadora quantidade de migrantes, cuja mão de obra qualificada contribuiu para o desenvolvimento e descentralização das condições de infra-estrutura urbana.
b) A modernização da indústria proporcionou a concentração de pessoas nas grandes cidades, facilitando as condições de moradia e qualidade de vida nos núcleos urbanos.
c) O espaço urbano é amplamente dominado por agentes hegemônicos, que direcionam investimentos para seus interesses, organizando o tráfego de veículos particulares, informação e energia. Relegam assim, investimentos sociais, excluindo os pobres da modernização.
d) A rede urbana das cidades brasileiras propicia transformações no espaço, possibilitando às políticas públicas atender aos requisitos de cidadania e inclusão das classes menos privilegiadas.
e) A partir da década de 70, a infraestrutura de transportes e comunicação foi se expandindo pelo país, favorecendo as condições de urbanização para excluídos sociais.

07. (UFMG) Analise este trecho de música, em que se retratam condições socioambientais das grandes cidades brasileiras:
A Cidade

                                               A cidade se apresenta centro das ambições
                                               Para mendigos ou ricos e outras armações
                                               Coletivos, automóveis, motos e metrôs
                                               Trabalhadores, patrões, policiais e camelôs
                                               A cidade não pára, a cidade só cresce
                                               O de cima sobe e o de baixo desce
 Chico Science, “A Cidade”.

A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que, nesse trecho de música, o autor
 a) considera a exclusão social como uma característica marcante das sociedades urbanas, que tem aumentado à medida que se intensifica a concentração de renda.
b) denuncia a pequena mobilidade econômica das classes sociais, decorrente da intensificação da divisão do trabalho que acompanha o processo de urbanização.
c) exalta o modo de vida urbano ao alegar que, nas cidades, a posse de bens duráveis – como automóveis e motocicletas – é traço característico de seus habitantes.
d) inclui o contingente populacional urbano inserido no mercado de trabalho informal, comumente ligado à expansão do subemprego e do desemprego estrutural.

08. (FATEC) Considere a foto para responder à questão.
 
O Arco do Triunfo foi iniciado por ordem de Napoleão Bonaparte em 1806, e a Paris dos boulevares (das avenidas) surgiu a partir da reforma urbana implantada pelo barão Haussmann, prefeito de Paris entre 1853 e 1870, período em que a França era governada por Luís Bonaparte. A foto demonstra o resultado final dessas duas iniciativas que representam a vitória do projeto

a) socialista de uma cidade em que seus espaços devem pertencer igualmente a todos os cidadãos.
b) burguês em que o embelezamento da cidade, os parques, novos edifícios e monumentos devem atender mais às necessidades da classe burguesa do que às da população mais pobre.
c) anarquista de uma cidade onde a população não precisaria de um órgão governamental, pois os próprios cidadãos a governariam.
d) neoliberal em que a economia da cidade deve ser gerada não mais pelo investimento do Estado e sim pelo livre investimento das empresas privadas.
Ç e) comunista de uma cidade moldada nas diretrizes da Primeira Internacional Comunista.

09. Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas".
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. 

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania:
A) Possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
B) Era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
C) Estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
D) Tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
E) Vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

10. (Enem 2011)
 
A imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto político-social da época, essa revolta revela:
(A) a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana autoritária.
(B) a consciência da população pobre sobre a necessidade de vacinação para a erradicação das epidemias.
(C) a garantia do processo democrático instaurado com a República, através da defesa da liberdade de expressão da população.
(D) o planejamento do governo republicano na área de saúde, que abrangia a população em geral.
(E) o apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar toda a população em vez de privilegiar a elite.