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domingo, 25 de outubro de 2015
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sexta-feira, 2 de outubro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
sábado, 19 de setembro de 2015
Brasil (1808 – 1822)
A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL
Ø
Antecedentes
o
Ascensão
de Napoleão ao trono francês 1804;
o
Motivação:
bloqueio continental 1806;
o
Invasões
napoleônicas.
o
Fuga:
29 de novembro de 1807;
o
Chegada
ao Rio: 8 de março de 1808.
Ø
Brasil, sede da monarquia portuguesa (1808-1821)
o
Logo
após a chegada do príncipe regente a Salvador, ele decretou a abertura dos
portos, ou seja, a livre exportação de produtos coloniais.
o
O
início do processo formal de independência do Brasil está associado à chegada
da corte portuguesa ao Brasil, pois a colônia passou a ser o centro das
decisões do governo português.
o
No
mesmo ano, D. João revogou a proibição de se instalarem manufaturas e indústrias
no Brasil, imposta pelo Alvará de 1785. Isso, entretanto, não foi suficiente
para promover um surto manufatureiro na colônia, devido à impossibilidade de
nossos produtos concorrerem com os ingleses, abundantes e a preços mais baixos.
o
A
fim de ampliar ainda mais seu predomínio econômico sobre o Brasil, a Inglaterra
pressionou Portugal a assinar os tratados de 1810, que lhe garantiam a taxação
privilegiada de 15% de imposto sobre seus produtos vendidos no Brasil, enquanto
as mercadorias portuguesas pagariam 16% e as dos demais países, 24%.
o
Além
das vantagens econômicas, os ingleses conseguiram outros benefícios, como o de
qualquer cidadão inglês que infringisse a lei dentro do Império Luso seria
julgado por leis e juízes ingleses.
o
Estabeleceram
ainda os tratados de liberdade de culto protestante para cidadãos ingleses, até
então proibido.
o
Na
medida em que o governo português dependia da proteção britânica diante da
ameaça napoleônica, na prática, a Inglaterra conseguia subordinar os interesses
lusos aos seus.
Ø
Governo Joanino
(1808-1821)
o
O
Rio de Janeiro tornou-se a capital do Império Luso.
o
Foram
instalados órgãos públicos, como ministérios e tribunais, da Casa da Moeda e do
Banco do Brasil. Além disso, foram criados o Jardim Botânico, as escolas de medicina
da Bahia e do Rio de Janeiro, o Teatro Real, a Imprensa Real, a Academia
Militar, a Academia Real de Belas-Artes, a Biblioteca Real, que constituíram
estímulos à produção artística, científica e cultural da colônia.
o
A
administração joanina também propiciou a vinda da missão artística francesa,
que retratou paisagens e costumes de brasileiros, tanto dos sertões quanto da
corte no Rio de Janeiro, e cujo principal representante foi o pintor
Jean-Baptiste Debret.
Política externa
o
D.
João declarou guerra à França e invadiu a Guiana Francesa, em 1809,
devolvendo-a em 1817, após Napoleão Bonaparte ter sido derrotado pelas forças
europeias.
o
Aproveitando-se
das guerras pela independência da América espanhola, iniciadas com o período
napoleônico, invadiu também o território pertencente à Espanha, ao sul do Rio
Grande do Sul, transformando-a na Província Cisplatina.
Ø
Enquanto isso, em
Portugal...
o
A
população conquistara a vitória sobre as tropas invasoras napoleônicas.
o
Em
meio à difusão intensa dos ideais iluministas, em 1820 eclodiu a revolução
liberal na cidade do Porto, também conhecida como vintismo.
Revolução Constitucionalista do Porto
o
Visava
restaurar a dignidade de Portugal.
o
Exigia
o afastamento de Beresford e o imediato regresso de D. João VI.
o
Queria
recuperar a economia portuguesa arruinada.
o
Pretendia
salvar o povo da miséria.
o
Receoso
de perder a Coroa – passada para suas mãos com a morte de sua mãe, D. Maria I
–, o monarca português, família e corte retornou a Portugal em abril de 1821,
deixando seu filho D. Pedro como príncipe regente no Brasil.
Ø
Regência de D. Pedro
(1821-1822)
o
Durante
a regência, Portugal exigiu:
o
A
recolonização do Brasil.
o
O
retorno de D.Pedro I.
o
A
recuperação do monopólio.
o
A
anulação do poder concentrado no Rio de Janeiro.
o
Sentindo-se
ameaçados em sua autonomia, alguns indivíduos favoráveis à independência e
contrários às medidas recolonizadoras por parte de Portugal formaram o Partido
Brasileiro.
o
No
dia 09/01/1822, o Partido Brasileiro solicitou que D.Pedro I ficasse no Brasil,
através de um abaixo-assinado com 8.000 assinaturas. (Dia do fico)
o
As
tropas portuguesas manifestaram-se contra a decisão do príncipe regente, que
interferiu pessoalmente para forçar seu comandante a abandonar o Rio de
Janeiro.
o
Pouco
depois a demissão em massa dos ministros portugueses levou D.Pedro a organizar
um novo ministério, formado só por brasileiros, sob a chefia de José Bonifácio.
o
Esse
ministério estabeleceu, em maio de 1822, o “Cumpra-se”, decreto pelo qual as
ordens de Portugal só seriam executadas dentro do território brasileiro com a
expressa autorização do príncipe regente.
o
Pela
confirmação de seu comprometimento com os brasileiros, D.Pedro foi intitulado
“defensor perpétuo do Brasil” pela câmara do Rio de Janeiro
o
Em
junho de 1822, D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte para elaborar a
lei básica que deveria regulamentar a vida dos brasileiros, tornando cada vez
mais inevitável uma confrontação com Portugal.
o
Em
agosto, enquanto estava em visita às comarcas da província de São Paulo, chegaram
novas ordens de Lisboa, anulando suas decisões e exigindo seu imediato
regresso.
o
Mandado
por José Bonifácio para colocar D.Pedro a par das notícias recém-chegadas da
corte, o mensageiro Paulo Bregaro foi encontrá-lo na tarde do dia 7 de
setembro, voltando de Santos, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo.
o
Ao
ler as notícias e as considerações feitas pelo conselheiro José Bonifácio e por
sua esposa Dona Leopoldina, que o substituíra em sua ausência, D.Pedro decidiu
proclamar o Brasil independente de Portugal.
o
Algumas
figuras políticas se destacaram na luta pela independência do Brasil. José
Bonifácio defendia a monarquia como melhor regime político para o Brasil e,
nesse momento, era grande aliado de D.Pedro.
Ø
A “eminência parda”:
o
José
Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), nascido em Santos (Brasil), estudou
mineralogia na Academia de Minas de Freiberg, professor de Metalurgia da
Universidade de Coimbra.
o
1822:
Nasce o Império do Brasil
o
O
povo vai às ruas para comemorar.
o
A
independência não alcançou todas as províncias.
o
Portugal
ainda controlava a Bahia, o Grão-Pará, o Maranhão, o Piauí e a Cisplatina
(atual Uruguai).
o
As
lutas pela independência duraram cerca de dois anos.
Ø
A independência na Bahia
o
Na
Bahia concentrou-se o maior foco de resistência portuguesa, comandada pelo
general Madeira de Melo.
o
Na
tentativa de impedir a Independência, os portugueses cometeram vários excessos,
chegando, inclusive, a assassinar sóror Joana Angélica, superiora de um
convento, sob a alegação de que ela dera refúgio aos “inimigos brasileiros”.
o
Labatut
dirigiu o primeiro ataque a Salvador e às suas forças somaram-se as de Cochrane
e Taylor. No dia 2 de julho de 1823, derrotado, Madeira de Melo regressou a
Portugal.
o
Portugueses
foram derrotados na Batalha de Pirajá. Idêntica capitulação sofreram as tropas
portuguesas no Piauí, no Maranhão e no Pará.
o
Na
Província Cisplatina as tropas portuguesas foram cercadas em Montevidéu, pelo
general Frederico Lecor, que havia aderido ao movimento emancipacionista do
Brasil. Os portugueses, comandados por Álvaro da Costa, acabaram se rendendo
pela fome, pois não chegavam alimentos até eles. Com a vitória do governo
imperial sobre esses focos de resistência, estava assegurada a integração
territorial do Brasil.
Levantes contra a independência
o
O
governador do Piauí não só não quer aderir como ameaça invadir o Ceará.
o
É
derrotado e se rende.
o
Maranhão
e Pará são anexados ao governo do Rio de Janeiro graças à ação de Cochrane e
Grefeld.
Ø
COROAÇÃO DE D. PEDRO I
O reconhecimento da Independência
o
Áustria,
Prússia e Rússia (Santa Aliança) queriam invadir o Brasil.
o
A
Inglaterra era aliada do Brasil.
o
Os
EUA reconheceram a independência do Brasil.
o
Portugal
exige 2 milhões de libras esterlinas (moeda inglesa) para aceitar a
independência.
o
O
Brasil pega o dinheiro emprestado com a Inglaterra.
o
A
Inglaterra reconhece a independência, mas exige a renovação do tratado de
comércio e navegação por mais 15 anos.
o
Esse
tratado dá aos ingleses as oportunidades de obterem lucros fabulosos e pagarem
menos impostos.
o
Se
não tivesse sido pelos acordos o Brasil teria podido fomentar sua
industrialização através de protecionismo e com isto ter adiantado seu processo
de desenvolvimento em quase um século?
“Portanto, não se pode afirmar que, se o governo
brasileiro houvesse gozado de plena liberdade de ação, o desenvolvimento
econômico do país teria sido muito intenso. ”
(Celso Furtado)
v
BRASIL IMPÉRIO
(1822 – 1889)
Brasil I Reinado (1822-1833)
Ordem social e econômica
do período colonial:
¡ Latifúndio,
monocultura, agro exportação e escravismo.
Reconhecimento
externo da independência:
¡ 1º - EUA (1824):
Doutrina Monroe + mercados.
¡ 2º - POR (1825):
indenização de 2 milhões de libras.
¡ 3º - ING (1825):
empréstimo de 2 milhões de libras + renovação de tratados de 1810 (privilégios
alfandegários) + fim do tráfico negreiro (não cumprido).
Dependência
econômica:
¡ Empréstimos e
impostos.
Constituição
imperial:
A) “Constituição da Mandioca”
(1823) – projeto frustrado:
ü
Submissão
do poder Executivo ao poder Legislativo.
ü
Voto
censitário (150 alqueires de mandioca).
B) 1ª Constituição Brasileira
(1824):
ü
Outorgada.
ü
Monarquia
Constitucional Hereditária.
ü
Catolicismo
oficial.
ü
Igreja
atrelada ao Estado (Padroado e Beneplácito).
ü
4
poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.
ü
Voto
censitário e indireto.
o
100
mil réis – mínimo.
Confederação do
Equador (1824):
ü
Revolta
separatista, urbana, republicana e popular.
ü
PE,
RN, CE, PB e AL.
ü
Causas:
o
Autoritarismo
de D. Pedro I.
o
Pobreza
generalizada.
o
Alta
de impostos.
ü
Líderes:
Paes de Andrade, Cipriano Barata e Frei Caneca.
ü
Contratação
de mercenários e navios.
o
Novo
aumento de impostos.
ü
Violentamente
reprimida.
o
Frei
Caneca é executado.
A crise do I
Reinado:
ü
Dificuldades
financeiras (queda nas exportações, empréstimos, falta de um produto
significativo e despesas militares).
ü
Autoritarismo
de D. Pedro I.
ü
Críticas
da imprensa.
ü
Questão
Sucessória (POR – 1826).
o
Medo
da recolonização.
ü
Guerra
da Cisplatina (URU – 1828).
o
Separação
do Uruguai, 8 mil mortos e gastos inúteis).
ü
Assassinato
de Frei Caneca e do jornalista Libero Badaró.
o
Impopularidade.
ü
Desregramento
moral de D. Pedro I.
ü
Noite
das Garrafadas (RJ – 1831).
ü
Ministério
dos Brasileiros/ Ministério dos Marqueses.
ü
Abdicação
(7/4/1831).
o
D.
Pedro de Alcântara era menor de idade.
o
Regentes.
Ø
Período Regencial – 1831-1840
A CABANAGEM (PARÁ- 1835/1840)
Um dos mais importantes movimentos
sociais ocorridos na história do Brasil, marcado pelo controle do poder
político pelas camadas populares.
A população do Pará vivia em um estado de penúria, e sua
esmagadora maioria vivia em cabanas, à beira dos rios, em condições de absoluta
miséria.
O início do levante está ligado às divergências, no
interior da elite dirigente, em torno da nomeação do presidente da província. A
revolta contou com apoio da população pobre - insatisfeita com as péssimas
condições de vida e contra os privilégios das oligarquias locais.
Em 06 de janeiro de 1835, os cabanos dominam
a capital da província e ocupam o poder. Estabelecem um governo autônomo e de
caráter republicano. Entre os principais líderes encontravam-se o cônego
Batista Campos, os irmãos Antônio e Francisco Vinagre,
Eduardo
Angelim e o fazendeiro Clemente Melcher- proclamado o novo
presidente da província.
A Cabanagem foi um movimento essencialmente popular. Em
virtude de traições ficou enfraquecido, facilitando a repressão pelas forças
regenciais. A primeira rebelião popular da história brasileira terminou com um
saldo de mais de 40.000 mortes, em população de aproximadamente 100.000
pessoas.
A GUERRA DOS FARRAPOS (RIO GRANDE DO SUL- 1835/1845)
A revolução farroupilha foi a mais
longa que já ocorreu na história brasileira. O movimento possui suas
raízes na base econômica da região. A economia gaúcha
desenvolveu-se para atender as necessidades do mercado interno - a
pecuária e a comercialização do charque.
Os fazendeiros de gado gaúcho, denominados estancieiros, se
revoltaram contra a elevação dos impostos sobre o charque, impedindo de
competir com o charque argentino- que era privilegiado com tarifas alfandegárias
menores.
Os estancieiros reivindicavam uma
maior autonomia provincial. Os farroupilhas - que pertenciam
ao Partido Exaltado, em sua maioria republicanos; liderados por Bento Gonçalves ocuparam Porto Alegre – no ano de 1835 - e em 1836 proclamaram a República de Piratini. Em 1839, com o auxílio do italiano Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro proclamaram a República Juliana,
região de SantaCatarina. Com o golpe da maioridade, em 1840, D. Pedro II;
procurando pacificar a região, prometeu anistia aos revoltosos - medida que não
surtiu efeito. Em 1842 foi enviado à região Luís Alves de Lima e Silva – o barão
de Caxias - para dominar a região. Em 1845 foi assinado um acordo de paz - Paz de Ponche Verde - entre Caixas e Canabarro, que entre outras coisas
estabelecia anistia geral aos rebeldes, libertação dos escravos que lutaram na
guerra e taxação de 25% sobre o charque platino. O termo "farrapos"
foi uma alusão à falta de uniforme dos participantes da rebelião.
A SABINADA ( BAHIA - 1837/1838)
Movimento liderado pelo médico Francisco Sabino Barroso, contrário à centralização política patrocinada pelo
governo regencial. Foi proclamada uma república independente até que D. Pedro
II assumisse o trono imperial. O governo central usou da violência e controlou
a rebelião, que ficou restrita à participação da camada média urbana de
Salvador.
A BALAIADA ( MARANHÃO - 1838/1841 )
Movimento de caráter popular que teve
como líderes Raimundo Gomes, apelidado de "Cara Preta"; Manuel dos Anjos Ferreira, fabricante de cestos e conhecido como "Balaio"
e Cosme Bento, líder de negros foragidos. A grave crise econômica do
Maranhão e a situação miserável da população, provocou uma rebelião
contra a aristocracia local. Os rebeldes ocuparam a cidade de Caxias
e procuraram implantar um governo próprio. A repressão regencial foi liderado por
Luís Alves de Lima e Silva, que recebeu o título de "barão de
Caxias" pelo sucesso militar.
Houve ainda um outro levante, que
durou apenas dois dias, mas tem grande importância, por tratar-se de uma
rebelião de escravos. Trata-se da Revolta dos Negros Malês,
ocorrida na Bahia, no ano de
1835. Os negros malês eram de religião muçulmana, e se
rebelaram contra a opressão dos senhores brancos. Com gritos de "morte aos
brancos, viva os nagôs", espalharam pânico pela região. A repressão foi
muito violenta
Ø
O
Golpe da Maioridade
·
Desde
1835, a ideia de antecipar a maioridade já havia surgido no cenário político da
Corte. Proprietários de escravos e de terras estavam assustados com a
experiência de descentralização ocorrida durante o Período Regencial, que
resultara em tantas revoltas sociais. O restabelecimento da autoridade
monárquica era visto como a solução para a crise política.
______________________________________________________________________________________
SEGUNDO
REINADO – 1840-1889.
A)
POLÍTICA INTERNA
•
03 fases:
–
Consolidação
(1840 – 1850):
–
Conciliação
(1850 – 1870):
–
Crise
(1870 – 1889):
•
02 correntes políticas:
–
Liberais: profissionais liberais urbanos,
latifundiários ligados a produção para o mercado interno (áreas mais novas).
–
Conservadores: grandes comerciantes, latifundiários
ligados ao mercado externo, burocracia estatal.
–
Sem
divergências ideológicas, disputavam o poder mas convergiam para a conciliação.
Ambos representavam elites econômicas.
•
Parlamentarismo às avessas:
–
Poder
legislativo subordinado ao executivo.
–
Imperador
= peça central nas decisões.
•
A Lei de Terras (1850):
–
Terras
sem registro = “devolutas” (pertencentes ao Estado).
–
Regularização
mediante a compra de registro.
–
Consequências:
ü Pequenos
proprietários perdem suas terras.
ü Concentração de
terras nas mãos de grandes latifundiários.
ü Imigrantes e
escravos libertos sem acesso a terra.
ü Mão de obra barata
e numerosa para grandes latifundiários.
B)
POLÍTICA EXTERNA:
•
Conflitos platinos:
–
Causa
básica: controle da navegação na Bacia do Prata.
–
Causas
secundárias:
ü Disputas
territoriais e enfraquecimento de rivais.
ü Acesso a
províncias do interior, especialmente MT (BRA).
–
Situação
no URUGUAI: 2 partidos rivais.
ü Blancos – estancieiros,
interior, pró-ARG, líder - ORIBE;
X
ü Colorados – comerciantes,
Montevidéu, pró-BRA, líder - RIVERA.
–
Situação
na ARGENTINA: Buenos Aires X Interior
ü Buenos Aires:
Rosas (apoiado pelos Blancos do URU).
ü Interior
(Corrientes e Entre-Ríos) : Urquiza (apoiado pelos Colorados do URU e pelo
Brasil).
–
1864:
Guerra contra Aguirre (URU – Blanco):
ü BRA invade o URU,
depõe Aguirre e coloca em seu lugar o colorado Venâncio Flores.
ü Equilíbrio no Prata
é rompido. Aguirre tinha acordo com o líder paraguaio Solano López.
•
A Questão Christie (1863 – 1865):
–
Rompimento
de relações diplomáticas entre BRA e ING.
–
Causas:
ü Roubo de carga de
navio inglês naufragado no RS (ING exige
indenização);
ü Prisão de marinheiros
ingleses no RJ (ING exige desculpas).
–
W. D. Christie (embaixador inglês no Brasil) aprisiona 5
navios brasileiros no porto do RJ a título de indenização.
–
BRA
paga indenização mas exige desculpas da ING por invadir porto do RJ.
–
Arbítrio
internacional de Leopoldo I (BEL) favorável ao BRA;
–
BRA
rompe relações diplomáticas com a ING.
–
ING
desculpa-se oficialmente em 1865.
•
A Guerra do Paraguai (1865 – 1870):
–
Maior
conflito armado da América Latina.
–
Antecedentes:
ü PAR: sem dívida
externa, sem analfabetismo, miséria ou escravidão, com indústrias, estradas de
ferro, universidades, telégrafo, exército desenvolvido, governado
ditatorialmente por Solano López.
–
Causas:
ü PAR sem saída para
o mar (anexações no BRA e ARG).
ü “Mau exemplo” –
oposição inglesa ao projeto paraguaio.
ü Rompimento de
relações diplomáticas com o BRA (represália a invasão do URU e deposição de
Aguirre).
ü Invasão paraguaia
ao MT e ARG (1865).
–
TRÍPLICE
ALIANÇA (BRA + ARG + URU)* X PAR
–
ING:
retaguarda (empréstimos).
–
Conseqüências:
ü PAR: 600 mil mortos
(99% dos homens), dívidas, perdas territoriais.
O MASSACRE DA
POPULAÇÃO PARAGUAIA
ü BRA:
endividamento, fortalecimento político do exército, crise do escravismo e do
Império.
ü ING: afirmação de
interesses econômicos na região.
C)
ECONOMIA:
•
Café: principal
produto.
–
Mercado
externo (EUA/EUROPA).
–
Alto
valor.
–
Solo
(“terra roxa”) e clima favoráveis.
–
Região
Sudeste.
–
Desenvolvimento
dos transportes (estradas de ferro, portos).
–
Desenvolvimento
de comunicações (telégrafo, telefone).
–
Desenvolvimento
de atividades urbanas paralelas (comércio, bancos, indústrias)
–
Vale do Paraíba (RJ – SP): 1ª zona de cultivo. Início no
final do século XVIII. Latifúndio escravista tradicional, sem inovações
técnicas. Principal até aproximadamente 1860-70.
–
Oeste paulista: 2ª zona de cultivo. Início
aproximadamente a partir de 1850. Tecnologicamente mais avançado. Introdução do
trabalho de imigrantes paralelamente ao escravismo. “Terra Roxa”.
•
Açúcar: decadência
–
Concorrência
externa.
–
Açúcar
de beterraba (Europa).
–
Queda
no preço.
•
Outros produtos:
–
Algodão (MA): importante entre 1861 e 1865 (18%)
ü Guerra de Secessão
(EUA)
–
Borracha (AM e PA): importante a partir de 1880 (8%)
ü II Revolução
Industrial – automóveis.
–
Couros
e peles (6 – 8%)
–
Fumo
(2 – 3%)
BALANÇO ECONÔMICO
DO II REINADO:
•
A “Era Mauá” (1850 – 1870):
–
Início da industrialização.
–
Irineu Evangelista de Souza (Barão e Visconde de
Mauá).
–
Causas:
ü Tarifa Alves
Branco (1844):
Ø Aumento de tarifas
para importados.
Ø Aumento de
arrecadação para o Estado.
Ø Estímulo
involuntário para a indústria nacional.
ü Fim do tráfico
negreiro (1850):
Ø Liberação de
capitais.
–
Mercado
interno.
–
Bens
de consumo não duráveis.
–
Setor
têxtil: principal.
–
Surto
industrial que não alterou o a estrutura econômica nacional.
–
Motivos
do fracasso:
ü Falta de apoio do
governo.
ü Sabotagens
(oposição de latifundiários).
ü Concorrência
inglesa.
D)
SOCIEDADE:
•
A Revolução Praieira (PE – 1848):
–
Causas:
concentração fundiária e crise econômica.
–
Líderes:
Pedro Ivo e Abreu Lima.
–
Jornal
“Diário Novo” – Rua da Praia.
–
Manifesto ao Mundo: voto universal, liberdade de
imprensa, abolição da escravidão, proclamação da República, nacionalização do
comércio, direito ao trabalho.
–
Última
grande revolta do período.
–
Influência das revoluções liberais européias.
•
A imigração:
–
Superação
da crise do escravismo.
–
Mito
do “embranquecimento”.
–
Necessidade
de mão-de-obra (cafeicultura – sudeste).
–
Ocupação
e defesa (região sul).
–
Crise
econômica e social em países europeus.
–
Os
sistemas de imigração nos cafezais:
•
A crise do escravismo:
–
Oposição
inglesa (Bill Aberdeen – 1845).
–
Lei
Eusébio de Queirós (1850).
ü Fim do tráfico de
escravos.
ü Tráfico
interprovincial (NE – SE).
ü Aumento do valor
dos escravos.
–
Movimento
abolicionista: intelectuais, camadas médias urbanas, setores do exército.
–
Prolongamento
da escravidão por meio de leis inócuas:
ü Lei do Ventre
Livre
(1871).
ü Lei dos
Sexagenários ou Saraiva-Cotegipe (1885).
–
Radicalização
do movimento abolicionista – caifazes.
–
Lei Áurea (1888):
ü Fim da escravidão
sem indenizações.
ü Marginalização de
negros.
ü Crise política do
império.
E) A
CRISE GERAL DO IMPÉRIO (a partir de 1870):
•
A questão religiosa:
–
Igreja
atrelada ao Estado (Constituição de 1824).
ü Padroado e Beneplácito.
–
1864 – Bula Syllabus (Papa Pio IX): maçons expulsos dos
quadros da Igreja.
–
D.
Pedro II proíbe tal determinação no Brasil.
•
Questão militar:
–
Exército
desprestigiado pelo governo: baixos soldos, pouca aparelhagem e investimentos.
–
Exército
fortalecido nacionalmente após a Guerra do Paraguai.
–
Punições
do governo a oficiais que manifestavam-se politicamente.
ü Sena Madureira,
Cunha Matos.
–
Penetração
de idéias abolicionistas e republicanas positivistas nos quadros do exército
associam o Império ao atraso institucional e tecnológico do país.
•
Questão Republicana:
–
1870: Manifesto Republicano (RJ) –
dissidência radical do Partido Liberal.
–
1873: Fundação do PRP (Partido
Republicano Paulista), vinculado a importantes cafeicultores do Estado.
–
Descompasso
entre poderio econômico dos cafeicultores do Oeste Paulista e sua pequena
participação política.
–
Abolicionismo
em contradição com o escravismo defendido por velhas elites aristocráticas
cariocas.
–
Idéia
do Federalismo – maior autonomia estadual.
–
Apoio
de classes médias urbanas, também pouco representadas pelo governo imperial.
•
Questão Abolicionista:
–
Abolição
da Escravidão (1888) retira do governo imperial sua última base de sustentação:
aristocracia tradicional.
•
Império
é atacado por todos os setores, sendo associado ao atraso e decadência.
•
A Proclamação da República (15/11/1889):
–
1888
– D. Pedro II tenta implementar reformas políticas inspiradas no republicanismo
através de Visconde de Ouro Preto:
ü Autonomia
provincial, liberdade de culto e ensino, senado temporário, facilidades de
crédito...
–
Reformas
negadas pelo parlamento que é dissolvido pelo imperador.
–
Republicanos
espalham boatos de supostas prisões de líderes militares.
–
Marechal Deodoro da Fonseca lidera rebelião
que depõe D. Pedro II.
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